segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Testículos, fémures e mosaicos

Sábado foi um dia marcante! Operei pela primeira vez. Está bem, o "boss" fez metade e eu fiz a outra metade, mas não interessa. Fui cirurgião!
É neste ponto que toda a gente se pergunta que cirurgia é que eu terei feito... Pois bem, a verdade é que não me orgulho do que fiz. Quer dizer, não nego que foi uma sensação fantástica finalmente ter um bisturi nas mãos, mas quando me ponho a pensar no prazer que é olhar para os rabos das fêmeas; sentir aquele cheirinho a hormonas quando elas estão no cio; ver como elas alçam o rabo e abrem as pernas quando são agarradas por trás e sentem o peso do macho sobre o lombo; desmontar e passar a perna para o outro lado ficando colado a elas rabo com rabo; ejacular 3 vezes e permanecer dentro delas a desfrutar o momento durante mais de meia hora; fico com um grande peso na consciência por ter roubado a masculinidade a um pobre cão indefeso!
Mas pronto, acho que ele não se importou muito: ouvi dizer que agora faz comentários na "Tertúlia Cor-de-Rosa" e no "Calor da Tarde"...

Domingo é dia de descanso para todos os trabalhadores... menos para nós! Às 7 e meia da manhã já estávamos a caminho do Algarve para operar o Igor, um daqueles rasteirinhos de olhos azuis que mordem muito, agora não me lembro muito bem do nome da raça, acho que é qualquer coisa como Alligator mississippiensis, ou algo do género.
Tinha levado uma sova da irmã mais velha que lhe deixou o fémur partido em 3!
A parte engraçada foi que, para além da anestesia geral, o bicho foi atado a uma tábua com tanta corda e fita-adesiva que parecia que tinha sido atropelado, de tão espalmado que estava. Brincamos ou quê? Segurança acima de tudo! Queria ver se o rapaz acordasse da anestesia e não estivesse amarrado: toda a gente a fugir e ele a abocanhar tudo o que lhe aparecesse pela frente, enquanto arrastava os fragmentos de fémur pelo chão. Horrível!

Para finalizar, hoje aparece-nos um dogue alemão com fobia de pisar pavimentos de mosaico! Então os donos tinham que estender uma manta sobre o chão lá da clínica e ir arrastando sua excelência, o cão, em cima dela para conseguirem levá-lo da porta de entrada até à sala de consultas.
Devíamos arranjar uma sala com um divã para deitar lá estas criaturas e lhes fazer umas perguntinhas sobre a sua infância... ouvi-los contar os seus sonhos, e tal...
Psicanálise veterinária é que está a dar, meus amigos!

1 puseram o dedo na ferida:

Hariska disse...

LOL um dogue alemão com uma fobia! E ainda dizem que os pequeninos é que são maricas!

O Igor é um fofo e aposto que se acordasse solto ia dar-vos uma dentadinha de apreço pela ajuda médica!

=D